Finanças | Page 38

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de nós sabe quando iremos ser chamados a dar conta de nossa mordomia, mas, mesmo que não seja agora, o tempo que resta a nós é curto – vai se dissipando; é desesperada e assustadoramente curto. E assim como o conforto material do mordomo dependia de como ele usava o breve tempo que tinha disponível, a nossa recompensa eterna é determinada por nossa fidelidade aqui e agora.
Vista sob esse prisma, a parábola do mordomo infiel é desafiadora ao extremo e deve nos levar a refletir se temos demonstrado a prudência que esse homem demonstrou. Tragicamente, muitas vezes é verdade que“ os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz”( v. 8). Planejar o futuro é algo que nossos amigos, vizinhos e colegas não salvos fazem o tempo todo. Eles estabelecem seus objetivos – realização acadêmica, sucesso na carreira, previdência para aposentadoria – e permitem que esses objetivos futuros moldem suas prioridades e ações atuais. Os objetivos nos quais eles miram e investem são terrestres, passageiros e, em última análise, sem sentido, mas eles os perseguem com uma diligência e afinco que devem causar um choque de realidade em nós. Com demasiada frequência, nós, que devemos almejar e focar firmemente em galardões eternos e duradouros que realmente importam, somos meros espectadores, sem propósito, determinação ou foco. A realidade solene é que, se muitos de nós dirigirmos nossos negócios ou executarmos nosso trabalho com o mesmo esforço que investimos em nossa vida espiritual, morreríamos de fome. Poderíamos imitar, não a desonestidade do mordomo, mas sua sabedoria.
Nos versículos que seguem a parábola, o Senhor deixa claro que o valor do mordomo como exemplo é limitado à sua prudência. Esperase que nós sejamos fiéis em nossa mordomia, como ele não era, e a fidelidade é crucial, pois é a chave

A realidade solene é que, se muitos de nós dirigirmos nossos negócios ou executarmos nosso trabalho com o mesmo esforço que investimos em nossa vida espiritual, morreríamos de fome.

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