26
26
Consequências Uma cultura que se baseia na gratificação instantânea e na ideia de“ eu tenho direito a ter coisas” é uma cultura que será arruinada pelas dívidas. Muitos acham que possuem“ direito” a ter certas coisas, mesmo que não possam pagar por elas. Fique atento e você logo verá como as propagandas tentam nos passar a ideia de que“ merecemos” algo … uma viagem, um carro ou um computador novo ou até mesmo um sanduíche do McDonald’ s.
Junte a ideia de“ eu tenho direito a ter coisas” com a ideia de gratificação instantânea e você tem a receita perfeita para que as pessoas sintam que devem ter todas as coisas para já, mesmo que não possam pagar por elas. A solução do problema? O cartão de crédito, é claro! Algumas dívidas são praticamente inevitáveis: dívidas estudantis da faculdade, hipotecas de uma casa nova, prestação do carro, dentre outras. Só que você deve se lembrar que gerenciamento responsável significa não fazer dívidas que você não possa pagar. Viva de acordo com o seu orçamento.
Talvez você esteja lendo tudo isso lamentando que não tem como bancar a compra daquele carro novo, daquele computador legal ou da reforma da sua cozinha. Isso ou então você está lendo este capítulo e rindo, afinal você não está na mesma situação dessas pessoas. Você talvez pense que está imune à areia movediça do consumismo. Não se engane: na verdade, o consumismo te infectou também. Ele infectou e nos infecta todos os dias, em nossas atitudes e na nossa forma de pensar.
Buscando o equilíbrio Achar o equilíbrio em um mundo desequilibrado é uma tarefa muito difícil de ser executada. Nós precisamos das coisas essenciais: casa, transporte, comida, roupas, etc. O testemunho cristão exige que façamos o melhor que podemos para ter uma casa arrumada e em bom estado, que usemos roupas apropriadas e adequadas à ocasião e que paguemos por nossos gastos e por nossas dívidas. O objetivo deste capítulo não é fazer com que todos voltem a viver como no tempo das cavernas, vestindo roupa de peles e andando somente a cavalo. Nós vivemos em uma sociedade e precisamos nos adequar a ela, ainda que sem abrir mão de nossos valores. Só que as nossas prioridades não precisam ser as mesmas dos nossos vizinhos. Será que eu preciso mesmo de três casas, uma na serra, uma na praia e uma na cidade? Será que eu preciso mesmo ter o carro mais caro e luxuoso que existe?
Nós precisamos combater o nosso senso de insignificância e insegurança utilizando a maior arma que temos, nosso relacionamento espiritual com o Senhor. O dinheiro deve ser o nosso servo e não o nosso deus. Por último, devemos lembrar sempre que não se mede a vida tendo como régua as coisas que nós possuímos.