Dinheiro | Page 8

AS GARRAS DA DÍVIDA Paul Barnhardt um devedor da misericórdia…" Oh, que as palavras deste hino "Apenas fossem verdadeiras para todos – que fôssemos apenas devedores da misericórdia! A humanidade como um todo tem uma grande dívida de adoração e glória ao supremo e gracioso Deus, de Quem todas as bênçãos fluem. Com a entrada do pecado no mundo, restringindo a capacidade do homem e da criação de darem a Deus o que Lhe é devido, um enorme déficit se acumulou desde o paraíso (Éden) e desde os louvores iniciais de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Nesse sentido, o pecado rouba de Deus a Sua glória, mas todos nós podemos nos maravilhar com a sublimidade das palavras do Salmo 69:4: "então, restituí o que não furtei". No Calvário, Cristo pagou não apenas nossa dívida do pecado, mas tudo aquilo que a criação perdeu no Éden. Deus encontra em Cristo e no Seu sacrifício tudo e mais ainda do que o pecado roubou. O último resgate ainda está para ser realizado, mas o preço de todos os pagamentos em atraso foi pago! Embora a conta espiritual de um cristão esteja liquidada para sempre, a conta fiscal de um indivíduo pode lhe tirar o sono. Milhões em todo o mundo estão imersos em dívidas pessoais, em países que também possuem dívidas públicas. As dívidas do Estado, aparentemente, não nos causam muitas noites sem dormir, mas a dívida pessoal pode ser um fardo pesado que pressiona a mente de muitos. Se alguma vez na vida já devemos a alguém qualquer coisa, como uma carta, um almoço ou impostos às autoridades, deveria haver um esforço para pagar qualquer dívida. "A ninguém devais coisa alguma": a exortação de Paulo, em Romanos 13, não é uma vedação a tomar empréstimos; é uma proibição de deixar de pagar o que é devido ao outro. Deveria ser uma prioridade para o cristão pagar o que deve, pela honra do nome Daquele a Quem mais deve. Embora seja justo pagar um débito, evitar as dívidas antes de tudo é ainda melhor. Deus nunca quis, em Israel, que houvesse dívidas perpétuas, razão pela qual, em parte, estabeleceu a remissão dos sete anos. Ao final de Lucas 14, o Senhor Jesus ilustra a verdade a respeito do discipulado, sugerindo que é prudente contar os custos antes de se comprometer com um projeto. O homem sábio de Provérbios 22:7 observou que "o que toma emprestado é servo do que empresta" e não é livre para perseguir seus próprios interesses. O Senhor disse em Lucas 16 que um homem não pode servir a Deus e a Mamom. Alguns se dedicam à busca de riquezas, enquanto outros ficam cativos, comprometidos durante anos de trabalho, mas presos nas garras da dívida. Em ambos os casos, tempo, força e oportunidades para servir a Deus são perdidos em troca de servir ao dinheiro. Assim como uma teia de aranha, dívidas entrelaçam-se rapidamente e são frequentemente tecidas pelas nossas próprias escolhas. Será mesmo que eu realmente precisava daquele carro específico, ou dessa casa de três andares nesta parte luxuosa da cidade? Será que o diploma daquela universidade em que só estuda gente rica vale mais do que o daquela faculdade mais modesta? Às vezes, a culpa não é diretamente de uma pessoa, como quando as despesas aumentam e a renda permanece inalterada ou diminui completamente. Hipotecas, 8