Dinheiro | Page 7

O NEGLIGENCIADO ORÇAMENTO da nação para prover para o povo durante os anos de fome. Há uma lição importante aqui: embora não tenhamos certeza sobre o futuro, é razoável esperar que necessidades financeiras vão surgir – acidentes ocorrem e as coisas não acontecem sempre como esperamos. Um orçamento nos possibilitará ter alguma margem de manobra. Se o seu planejamento for projetado apenas para circunstâncias ideais, e não contiver margem para despesas irregulares, ele vai te decepcionar. Lições Aprendidas Por Experiência Ao preparar nosso orçamento preliminar, pouco tempo depois de nos casarmos, Esther e eu descobrimos dois problemas. O primeiro foi que, do jeito que ele havia sido feito, não iria funcionar; havia uma forte probabilidade de que, em alguns meses, sairia mais dinheiro do que entraria. Não cometa o erro de pensar que você pode simplesmente usar seu cartão de crédito para atravessar o momento de escassez e pagá-lo quando as coisas (esperançosamente) melhorarem por aí. Dívidas de cartão de crédito são fatais; não deixe para pagar a conta do cartão de crédito depois da data de vencimento mensal. Percebemos que tínhamos que diminuir o que planejávamos gastar ou então iríamos cavar a nossa própria cova. "O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena." (Provérbios 22:3) Segundo problema: depois de alguns meses, percebemos que nossas ofertas para a obra do Senhor, por meio da igreja local ou em particular, haviam se tornado uma sobra do que restava depois que todo o resto já tinha sido alocado. Embora nossos gastos não correspondessem a um estilo de vida extravagante, eles refletiam alguns desejos que não eram, obrigatoriamente, necessários. De novo, nosso orçamento nos ajudou a ver o que poderíamos mudar. Diante do Senhor, determinamos uma porcentagem da nossa renda que queríamos ofertar. Tentamos, então, definir como nossas despesas mensais seriam alocadas a fim de dar mais ao Senhor. "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda." (Provérbios 3:9) ARA Por que o Orçamento é Negligenciado? A personalidade de alguns indivíduos é particularmente contrária ao ato de planejar com detalhes e de sempre estar verificando, posteriormente, os números; só de pensarem nisso gera aquela sensação de ter as unhas ou um giz raspando num quadro-negro. Mas, às vezes, os desafios precisam ser encarados de frente, e o "touro deve ser domado pego pelos chifres". Para outras pessoas, o planejamento prévio é negligenciado porque os benefícios nunca foram explicados, e ainda não foram examinados por eles. Outros ainda podem achar que o orçamento é desnecessário em uma vida de fé. De fato, precisamos confiar em Deus no campo das finanças e de nossas necessidades para viver, mas fé e planejamento não são conceitos opostos entre si. Às vezes, surgem circunstâncias que estão fora do nosso controle e que ultrapassam o orçamento, trazendo enormes pressões financeiras – e elas não passam despercebidas pelo nosso Pai Celestial (cf. Mateus 6:32). Mas isso não nega o valor do planejamento. A prática de calcular com antecedência e a adesão a ela, geralmente, são um exercício de autodisciplina. Há milhões de pessoas no mundo para as quais a palavra "orçamento" não faz parte do seu vocabulário; elas não têm nada para terem com o que orçar e apenas esperam sobreviver um dia após o outro. As circunstâncias pessoais da maioria dos que leem este artigo são diferentes. E se você possui uma certa abundância, vem então a responsabilidade de ser sábio, e não desinteressado, com o que o Senhor lhe confia. No mínimo, faça um relatório de como você gastou seu dinheiro durante o ano passado, o que será um exercício espiritualmente frutífero e que vai abrir os seus olhos. "Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?" (Lucas 16:11) 7