A VIDA FINANCEIRA DE CRISTO
roupas eram modestas e apropriadas em todas
as ocasiões, pois Ele não atraía admiração
e nem crítica por causa de Sua aparência.
Somente uma vez os olhares foram atraídos
para Suas vestes, quando "lhe vestiram uma
veste de púrpura" (João 19:2) e uma coroa
de espinhos. Certamente os soldados devem
ter ficado surpresos quando descobriram
que Ele estava usando uma "túnica... tecida
toda de alto a baixo, [que] não tinha costura"
(João 19:23). Provavelmente, era um presente
oculto e valioso que Ele havia recebido.
O Senhor Jesus viveu com pouco dinheiro,
mas isso não diminuiu Sua alegria nem foi um
empecilho à Sua jornada espiritual para Deus.
Que grande lição! O mundo nos bombardeia
com a mensagem de que riquezas, estilo
pessoal e uma vida confortável são o objetivo
de todos. Todavia, a pobreza de Cristo
demonstra que posição socioeconômica e
recursos financeiros abundantes não são
imprescindíveis para poder viver para Deus
e ter paz em nossos corações. A nossa força
deve ser a alegria no Senhor, e não o nosso
saldo bancário.
Sua Responsabilidade
O Senhor Jesus pagou impostos, e nós
devemos pagar também. Foi Ele mesmo quem
ensinou a famosa lição: "Dai, pois, a César
o que é de César e a Deus, o que é de Deus"
(Marcos 12:17). Mesmo sabendo que César
poderia usar o dinheiro para propósitos nãobíblicos
e egoístas, os cidadãos cristãos ainda
precisavam pagar. Um dia, ele pediu a Pedro
que pescasse um peixe que teria uma moeda
na boca para pagar os impostos do templo
judaico. Mais tarde, Jesus viu uma viúva
colocando sua oferta nos cofres do templo.
Embora os líderes judeus fossem usar as
moedas para financiar a Sua própria traição,
por 30 moedas de prata, Ele não impediu ou
criticou esses pagamentos. Devemos dar "a
todos o que lhes é devido: a quem tributo,
tributo; a quem imposto, imposto; a quem
respeito, respeito; a quem honra, honra"
(Romanos 13:7 ARA). O uso inapropriado de
fundos é uma questão entre o governo e o
Senhor, para com quem eles são responsáveis.
Sua Dependência
O Senhor Jesus Cristo ensinou: "não andeis
cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que
haveis de comer ou pelo que haveis de beber;
nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de
vestir" (Mateus 6:25), e que devemos orar: "Pai
nosso... o pão nosso de cada dia dá-nos hoje"
(Mateus 6:9-11). Praticando o que pregou,
Ele confiou em Seu Pai para satisfazer Suas
necessidades. Quando foi a vontade de Deus
que Seu Filho jejuasse por 40 dias e 40 noites
no deserto, não havia comida. Grande parte
da provisão de Deus veio, aparentemente, de
doações voluntárias. Por exemplo, depois do
Seu nascimento em Belém, Deus providenciou
a mudança para o Egito através dos presentes
de ouro dados pelos magos que vieram do
Oriente. Depois, na Galileia, Maria Madalena
e outras mulheres "o serviam" (Marcos 15:41).
Algumas pessoas doavam dinheiro, enquanto
outras preparavam comida. O Senhor Jesus
curou a sogra de Pedro e ela "levantou-se e
serviu-os” (Mateus 8:15). Depois que Mateus
confiou em Cristo, ele Lhe preparou "um
grande banquete em sua casa" (Lucas 5:29), e
Maria, Marta e Lázaro "fizeram-lhe... uma ceia"
(João 12:2) em Betânia.
O Salvador vivia em constante confiança em
Seu Deus, e, mesmo assim, "Judas tinha a
bolsa" (João 13:29). Embora Ele e os discípulos
não tivessem 200 salários de um dia de
trabalho para comprar pão para os 5000
homens, além das mulheres e crianças, eles
tinham uma bolsa com fundos limitados para
despesas futuras. O sábio Salomão defendeu
uma reserva para necessidades futuras
quando escreveu: "Tesouro desejável e azeite
há na casa do sábio, mas o homem insensato
o devora" (Provérbios 21:20). O Senhor Jesus
Cristo é o nosso modelo em matéria de
finanças, pois encontrou o equilíbrio perfeito
entre a completa dependência de Deus e
uma administração financeira sábia à luz das
necessidades básicas e futuras.
21