RENOVAÇÃO
O contexto Novos céus e uma nova terra são mencionados quatro vezes nas Escrituras : duas vezes no Antigo Testamento ( Isaías 65:17 ; 66:22 ) e duas vezes no Novo ( 2 Pedro 3:13 ; Apocalipse 21:1 ). Lendo os dois versículos de Isaías em seu contexto , vemos que eles não estão falando da renovação completa e permanente após a dissolução de todas as coisas , mas da renovação parcial e temporária que ocorrerá no retorno do Senhor à terra . Nessas passagens , Isaías está descrevendo as condições durante o Milênio . Por exemplo , ele escreve sobre morrer ( 65:20 ), construir casas e plantar vinhas ( 65:21 ), ter filhos ( 65:23 ) e animais comendo ( 65:25 ), o que não acontecerá no estado eterno .
Assim , para considerar o nosso lar eterno , voltamos para as duas referências do Novo Testamento : “ Mas nós , segundo a sua promessa , aguardamos novos céus e nova terra , em que habita a justiça ” ( 2 Pedro 3:13 ); “ E vi um novo céu e uma nova terra . Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram , e o mar já não existe ” ( Apocalipse 21:1 ). Pedro usa “ céus ” ( plural ), enquanto João usa “ céu ” ( singular ), e por isso alguns pensam que Pedro está escrevendo sobre os céus materiais , e João sobre o “ próprio céu ”, a morada de Deus . No entanto , enquanto no inglês quotidiano esta distinção é normalmente feita entre os usos singular e plural da palavra , no Novo Testamento grego o singular e o plural são ambos usados para os céus materiais . Por exemplo , na frase “ fugiu a terra e o céu ” ( Apocalipse 20:11 ), “ céu ” é singular , mas claramente os céus materiais estão em vista . A morada de Deus não fugirá , nem precisará ser renovada . Como sempre , é vital examinar o contexto e comparar Escritura com Escritura . Assim , em Apocalipse 21 , bem como em 2 Pedro 3 , é aos céus materiais que se faz referência .
A cronologia Em 2 Pedro 3 , Pedro descreve a história dos céus e da terra em três etapas : primeiro , “ desde a antiguidade existiram os céus e a terra , que foi tirada da água e no meio da água ” ( v 5 ); segundo , “ os céus e a terra que agora existem ” ( v 7 ); e terceiro , “ novos céus e nova terra ” ( v 13 ). A primeira fase deu lugar à segunda no dilúvio , quando “ pereceu o mundo de então , coberto com as águas do dilúvio ” ( v 6 ). A passagem da segunda para a terceira ( e última ) fase se fará também por um cataclismo de origem divina , não pela água , mas pelo fogo : “ Os céus passarão com grande estrondo , e os elementos , ardendo , se desfarão , e a terra e as obras que nela há se queimarão ” ( v 10 ).
Essa conclusão culminante da história dos céus e da terra atuais acontecerá em conexão com o julgamento do Grande Trono Branco , para o qual a terra e até o mar entregarão os corpos dos mortos não salvos . João viu que “ fugiu a terra e o céu ” da face dAquele que estava no trono , “ e não se achou lugar para eles ” ( Apocalipse 20:11-15 ). Esta é a dissolução dos céus e da terra atuais , a que se segue , no registro de João , “ um novo céu e uma nova terra ” ( Apocalipse 21:1 ).
O caráter A terra pré-diluviana foi destruída porque “ DEUS viu que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra ” ( Gênesis 6:5 ). Do mesmo modo , os céus e a terra atuais “ se
23