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George Mueller, chamando-o de“ super-homem espiritual”. Mas, na verdade, ele não era um super-homem; pelo contrário, era um homem de fé. O personagem fictício do Super-Homem, por mais intrigante que seja, não vive pela fé! Ele enfrenta cada dia e seus desafios com sua própria força. É quase possível sentir sua confiança em suas próprias habilidades. Não importa se o desafio é um avião em queda, uma locomotiva em movimento ou o mais diabólico dos inimigos, o Super-Homem tem certeza de que, ao sair da cabine telefônica, ele tem o poder de vencer o inimigo.
Quero afirmar claramente que nenhum personagem fictício da literatura pode começar a caracterizar o poder que o Senhor Jesus possui em Si mesmo. Além disso, nenhuma pessoa ao longo da história pode se comparar ao Seu poder, autoridade e conhecimento. No entanto, em nossa sociedade saturada de super-heróis, precisamos ser cautelosos ao aplicar inconscientemente esse pensamento ao Senhor Jesus. Ele nunca viveu um dia sequer na força de Seu próprio poder. Fazer isso seria viver à parte da fé. O Senhor Jesus Cristo nos deu o exemplo de um homem de fé perfeito. Nos dias que se seguiram à Sua ressurreição, todo cristão, inclusive você, eu e George Mueller, foi chamado para viver essa vida de fé. Como um devoto seguidor de Cristo, Mueller não estava vivendo como um super-herói da fé, mas sim como um homem que vivia pela fé. Em sua segunda carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo falou com grande clareza e simplicidade sobre a vida de um cristão deste lado do céu. Ele escreveu:“ andamos por fé, e não por vista”( 2 Coríntios 5:7). George Mueller foi certamente um homem cuja vida resumiu essa verdade bíblica. A seguir, alguns exemplos de sua vida que servem para nos encorajar na realidade de viver uma vida de fé no Senhor.
“ Não havendo profecia, o povo perece”( Provérbios 29:18). George Mueller desenvolveu uma preocupação com as necessidades espirituais de sua época. Na Inglaterra, nos anos 1800, e em sua cidade natal, Bristol, a necessidade era muito evidente. Quando ele olhava para as casas de trabalho, para o trabalho infantil e para as crianças abandonadas à vida nas ruas, seu coração era movido pelo desejo de cuidar delas prática e espiritualmente. O atendimento a essa necessidade começou com o sacrifício de sua própria casa para fornecer um abrigo para crianças. Com o tempo, conforme o Senhor providenciava, cinco prédios foram construídos com acomodações para mais de 2.000 crianças. Em vez de depender da arrecadação de fundos, Mueller buscou o Senhor em todos os aspectos desse trabalho. Ele estava convencido de que, independentemente da necessidade de fundos, alimentos, professores, suprimentos ou crianças, seu Deus poderia e iria supri-los.