Dinheiro | Page 18

UMA VIDA DE CONTENTAMENTO Ryan Coleman Aconselhar o povo de Deus a se contentar em um mundo de coisas atraentes não é algo fácil. Felizmente, um homem mais capacitado escreveu palavras mais sábias sobre o assunto! Em Provérbios 30, Agur, filho de Jaque, se inclina diante de Deus e diz tudo o que espero conseguir expressar aqui com minhas mil palavras. Ambição egoísta e ganância se opõem ao contentamento. São pecados graves que aprisionam muitos crentes. Seus ardis matam de fome nosso contentamento, alimentam nosso orgulho e desonram a Deus. Como dardos, eles perfuram nosso testemunho e envenenam nossa comunhão com os outros. A oração de Agur é um escudo profundo e sábio contra tais males: “Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus.” (Provérbios 30:7-9) A cultura ocidental incentiva e recompensa a alma ambiciosa, e não é pecado algum buscar ganhos honestos. Afinal, as formigas e os coelhos são elogiados pelos seus investimentos (Provérbios 30:25-26). Entretanto, diretores corporativos e influenciadores de mídias sociais podem alimentar uma atitude doentia e ímpia em seus seguidores. Muitos tentam nos convencer de que a felicidade são alguns dólares a mais, um título, um novo truque para progredir ou um remédio não descoberto para os problemas da vida. “Vá atrás”; “Seja único”; “Tente isso”; “Basta clicar aqui”; “Seja o melhor de você mesmo”. Mas Agur exclama: “Mantenha essas vaidades e palavras mentirosas longe!”. O socorro divino, para rejeitar um estilo de vida competitivo, de sempre nos superarmos e de nos comparar aos outros, faz parte de seu pedido. É uma oração difícil para alguns. As vaidades e as mentiras são contadas para impressionar e menosprezar os outros ou enganá-los para ganho pessoal. Vaidades, ou palavras fraudulentas, são histórias cheias de orgulho, contadas para manipular os outros. Não podem levar a uma vida de contentamento espiritual, nem podem caracterizar um cristão. Onde, então, o sábio de Provérbios 30 encontra seu contentamento? Em confiança e dependência de Deus, somente em Deus. O Senhor Jesus Cristo disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28-30). Deixando de lado a ambição egoísta, Agur ora pelo que Deus sabe que ele precisa, não pelo que ele quer para si mesmo. O contentamento espiritual evita tanto a busca ascética pela pobreza quanto a voraz acumulação de riqueza. Pedir apenas “o pão que me for necessário” é contrário aos nossos instintos e é inconveniente para aqueles que vivem o cristianismo da “Oração de Jabez” (1 Crônicas 4:10). Em vez disso, peça a Deus as coisas imediatas e práticas que Ele sabe serem melhores para o nosso bem espiritual, pois Ele é capaz. Séculos após a oração de Agur, o Senhor Jesus explicou como é a economia do céu no Sermão da Montanha. Podemos imaginar Agur 18